De origem japonesa, shibari quer dizer "amarrar", uma palavra que ganhou um novo significado a partir do século XX, época em que começou a ser relacionado a práticas eróticas, conhecidas pelo uso de cordas para prender seu parceire para um propósito: prazer.
Assim como o sexo tântrico, essa técnica de imobilização faz muito sucesso por estimular o corpo e a mente, e está ligada ao BDSM
Apesar das técnicas conhecidas por envolver um pouquinho de dor, o shibari deve estar relacionado ao tesão — sendo uma preliminar perfeita!
Se você se interessa pela técnica, vale a pena conhecer, para aprender a aplicar pelo menos o básico da forma mais segura possível. Lembrando que você e seu perceire é que vão determinar até onde querem
Para conhecer mais sobre a história, a prática e dicas de como começar no shibari com tranquilidade, vem com a gente, mô.
A origem do shibari
Historicamente, o shibari não surgiu como a prática artística e erótica que conhecemos. Na verdade, começou no Japão Medieval, em uma época
Essa foi uma alternativa que o país encontrou para solucionar a falta do metal usado nas algemas, que na época era escasso e direcionado à confecção de espadas.
A prática levou ao aperfeiçoamento das amarrações, até que elas se tornaram uma técnica de tortura. Com o passar das décadas, os conflitos no país diminuíram,
Gosta da temática? Então, aproveite para conferir a nossa seção exclusiva de fetiche, mô!
A valorização da estética do shibari
Apesar de ser uma técnica que encontra o prazer na dor, existem diferentes formas e níveis de aplicação do shibari, algo que pode levar prazer até mesmo para quem deseja experienciar as amarrações superficialmente.
Além do "prazer na dor", outra questão latente é a valorização da estética que a prática envolve. Afinal,
Vale mencionar também que existem entusiastas que preferem não
O uso das cordas no shibari
Por ser uma prática artística sexual que gira em torno de amarrações, um ponto crucial para quem está começando no shibari é usar as cordas certas.
As mais indicadas para essa técnica são aquelas formadas por fibras naturais, como cânhamo, algodão, juta ou rami. Os materiais são menos abrasivos e evitam a incidência de marcas, roxos e queimaduras na pele causadas pelo atrito.
Falando sobre o tamanho (da corda, claro), o mais indicado é que você use modelos com 7 metros de comprimento e com largura de 5 a 6 mm.
Como começar a praticar o shibari?
Se você se interessa pelo shibari e está estudando para começar a exercitar a técnica, um dos passos que antecede qualquer curso de nós e amarrações é a construção de segurança entre os envolvidos.
Assim como nas práticas de BDSM, a questão primordial no shibari é o consentimento.
Construindo segurança
O consentimento é fundamental, mô! Muita gente pode considerar o silêncio como um "sim", quando, na verdade, é um grande não.
Para não errar, comece pensando que tudo que não for um sim óbvio é não. Para isso, você deve se comunicar e sempre perguntar ao seu parceire. Se a resposta soar como um talvez, entenda isso como um não.
Ah... mas então devo fazer um interrogatório no meio da prática? Claro que não!
Considere essa uma etapa de negociação para alinhar expectativas, onde você deve dizer o que deseja, descobrir o que o outro deseja, e o que vocês têm condições de entregar um para o outro.
Como evitar acidentes durante o shibari?
Quem pratica o shibari está sujeito a possíveis acidentes. Para ajudar
Estabeleça uma palavra ou gesto de segurança para parar
O primeiro passo a ser combinado antes de realizar o shibari é
Isso porque estamos falando de uma prática de BDSM que envolve uma pessoa amarrada, certo? E como tudo pode passar um pouco dos limites, é fundamental que os praticantes saibam a hora de cessar a prática.
Portanto, antes de sair elaborando os nós, combine uma palavra-chave ou até mesmo um gesto corporal, que quando colocado em prática, deve ser respeitado.
Quedas — não deixe a pessoa amarrada sozinha
Um dos principais acidentes que pode ocorrer dentro do shibari é a queda. Mesmo sentada, a pessoa com os braços amarrados pode perder a mobilidade e seu equilíbrio, podendo cair e se machucar.
Para evitar acidentes, nunca se distancie da pessoa que você está amarrando. Fique sempre por perto e se concentre no que vocês estão fazendo, especialmente quando estiverem em lugares mais altos, como uma cama ou um sofá.
Mesmo quando a pessoa parece confortável e estável, um simples movimento de troca de perna pode ser o suficiente para causar a perda de equilíbrio.
Queimaduras — atente-se à posição das cordas
Outro acidente comum no shibari são queimaduras de pele com corda.
Apesar de serem negligenciadas por algumas pessoas, as queimaduras com cordas não são uma "consequência" da prática. Com atenção e cuidado, podem ser evitadas.
Muitas dessas queimaduras desaparecem da pele em poucos dias, porém, existem marcas que podem ser duradouras. A melhor forma de evitar esses acidentes é optar por cordas de fibra natural torcida, os modelos mais indicados para a prática de shibari.
Além disso, outro ponto importante é a atenção. Atente-se sempre ao atrito e a forma que a corda está correndo pela pele da pessoa. Se você notar a corda machucando ou mudando o tom da pele, troque a posição dela ou impeça o atrito.
Gostou de saber mais sobre o shibari? Esperamos que sim! Se você curte conhecer e testar diferente práticas eróticas e sexuais, aproveite para conhecer a terapia tântrica, algo que pode contribuir para sua vida e, claro, para suas relações sexuais!