A gente sempre fala que a busca por prazer não deve focar só no orgasmo. A gente sabe que cada troca e cada toque são importantes e que o bem-estar sexual envolve, também, se permitir vivenciar novas sensações, novos tipos de prazer. MAAASSS a gente também sabe que aqueles segundos do gozo são tão bons que AAAIIIINNNN!!! [oi, Dani, Conselheira Amorosa], deveriam ser sentidos por todes.
Além do prazer, o orgasmo faz bem para saúde! Cientistas do mundo inteiro, de diferentes áreas, como medicina e psicologia, vêm estudando os benefícios do orgasmo para a saúde física e mental.
Um exemplo disso foi uma pesquisa divulgada recentemente, realizada pela Charles University (da República Tcheca), que concluiu que as pessoas com vagina têm 3 tipos de orgasmo.
Mas antes de continuar, preciso dar 2 avisos:
>> Se você não tem vagina, continue a leitura! Aqui tem info pra todes!
>> O assunto deste artigo é o orgasmo, mas a pantynova acredita que nem toda prática sexual precisa ter esse clímax, aliás, se desprender da “regra” do gozo pode ser muito libertador na busca por prazer. Se joga, mô!!
Voltando ao estudo da Charles University: as pessoas voluntárias usaram um vibrador com sensores que registrou as atividades musculares, a força da contração do assoalho pélvico e a temperatura na hora do gozo, e chegou nestes 3 tipos de orgasmo:
O tipo onda foi o mais comum. Ele vem depois de contrações pélvicas mais suaves, num movimento de tensão e relaxamento leve e constante até a explosão.
O tipo avalanche é o que explode e mantém um ritmo decrescente de estímulos por algum tempo depois do orgasmo. Algumas pessoas que têm orgasmo tipo avalanche costumam sentir espasmos em outras áreas do corpo durante a estimulação.
Já o tipo vulcão aconteceu menos com as voluntárias. Esse tipo chega depois de contrações em ritmo crescente de contrações do assoalho pélvico e é seguido de um relaxamento completo.
É possível que se sinta mais de um tipo de orgasmo durante as práticas sexuais, mas os pesquisadores acreditam que é impossível mudar os padrões, ou seja, se você goza tipo onda, não gozará tipo vulcão, por exemplo.
Todos esses orgasmos foram vaginais, ou seja, sentidos lá dentro do canal, com penetração, no caso, com um vibrador penetrável. Mas nosso corpo é cheio de pontos de prazer, as famosas zonas erógenas (e você pode explorar todos eles sem pressa, descobrindo onde sente mais prazer).
Seu corpo pode te dar um tantão de tipos de orgasmos
A gente cresce acreditando que basicamente existem 3 tipos de orgasmo: 2 de quem tem ppk (clitoriano e vaginal) e 1 de quem tem pirok.
A boa notícia é que nosso corpo é uma máquina prontinha pra te dar prazer. Devagar, devagarinho, no ritmo do Martinho (da Vila - jovens, deem um Google, please!), você pode explorar e descobrir as zonas erógenas que mais te excitam e, quem sabe, chegar ao orgasmo apenas estimulando esses pontos.
Mas, vou começar esta listinha de pontos mais comuns:
Orgasmo vaginal
É o que acontece com penetração. Esse tipo é relativamente comum, mas, em geral, a vagina precisa ser estimulada por algum tempo, porque os “sensores” / neurônios dessa região respondem de forma mais lenta.
Essa estimulação interna pode ser feita com dedos, pirok ou com vibradores, como o GO, que além da vibração tem movimento de pulsação (aquele vai e vem gostoso).
Orgasmo clitoriano
Já o clitóris possui milhares de terminações nervosas, que respondem aos estímulos rapidinho, por isso, para muitas pessoas com ppk, é mais fácil gozar com estimulação clitoriana.
Tem mais sobre esse assunto no artigo sobre sugadores de clitóris, que você pode ler aqui.
Orgasmo no ponto G
Pra muita gente, ponto G é como o caviar do Zeca Pagodinho (hoje tô sambista, me deixa) nunca vi, só ouço falar, mas, ó, ele está lá, mesmo que nem todo mundo encontre.
Na real, ponto G não é um ponto, é uma área em que a pele é mais rugosa - e isso dá pra sentir com o dedo. Ela é mais sensível que o restante do canal vaginal, por isso, os orgasmos provocados por estímulos no ponto G são mais fortes.
Uma coisa é certa, amigue: Quem tem orgasmo no ponto G não esquece!!
Orgasmo cervical
O colo do útero também tem muita sensibilidade e isso pode causar incômodo (ou até dor), mas também pode ser um ponto de prazer intenso. Para chegar nesse clímax, é preciso estimular mais forte o cérvix (lá no fundo do canal vaginal). É a famosa macetada, sabe?!
Para estimular esse ponto e não sentir incômodo, o melhor é ficar por cima du parceire, assim você tem mais controle da situação.
E quem tem pirok?
O principal tipo de orgasmo das pessoas que têm pênis é o ejaculatório, ou seja, o que termina com ejaculação (óbvio!!), mas o que nem todo mundo sabe é que se pode gozar sem ejacular, que também se chega com estímulo nos testículos e no pinto, e pode ser tão forte quanto o primeiro.
Além desses, com estímulo na região do pênis, tem ainda o orgasmo da próstata.
Muitos médicos e cientistas consideram a próstata equivalente ao ponto G. A próstata é uma glândula com importante função na produção do esperma e que é capaz de dar muito prazer.
Nem todas as pessoas respondem da mesma forma à estimulação da próstata, e ela pode ser feita com pênis, dedos ou com sex toys. Alguns dildos, como a DILDA, são perfeitos para estimulação da próstata.
Pro baile todo
Orgasmo anal
Sexo anal ainda é um tabu, mas a verdade é que o cur é cheinho de terminações nervosas, que fazem do sexo anal uma delícia pra muitas pessoas.
O ideal é que as estimulações anais sejam feitas sempre com muito lubrificante, que facilita as coisas e deixam tudo mais deslizante e gostosinho.
Ah, só uma coisinha importante: Estimulação anal não tem a ver com orientação sexual. Homens heterossexuais podem sentir prazer com esse tipo de relação sem deixar a heterossexualidade de lado, viu?!
O importante, em qualquer prática sexual, é conhecer e respeitar seus limites e seus gostos e os do par.
Aliás, já leu nosso manifesto a favor do cu? Vem ler!
Orgasmo nas mamas
Embora mais raro, dá pra gozar somente estimulando os mamilos. Essas zonas erógenas costumam ser exploradas nas preliminares e acabam esquecidas quando o bicho pega mesmo.
Na próxima vez, dê mais atenção aos seios, especialmente aos mamilos. Vibradores tipo bullet, como o SPONGE, podem te ajudar a conquistar esse gozo que, no mundo dos orgasmos, é como uma figurinha dourada do Neymar (parece sem importância, mas vale ouro).
Como saber que gozei?
Acredite em mim: Você vai saber!
Nem todo gozo é explosivo, daqueles que parecem que a gente sai do corpo - aliás, no francês, o tempo logo após o gozo é chamado de “la petite mort”, isso mesmo: a pequena morte. Isso porque o orgasmo é o ápice de excitação, de tensão (e de tesão) acumuladas.
Essa excitação promove espasmos e contrações no assoalho pélvico que promovem o orgasmo - quase sempre seguido de um relaxamento imediato. As sensações variam de pessoa para pessoa e de acordo com o momento, o nível de entrega na relação a 2 ou na masturbação, o tesão… enfim, são inúmeros os fatores.
Mas dos mais leves aos mais intensos, orgasmos são sempre uma delícia, não é mesmo!?
Orgasmo feminino e orgasmo masculino: Censo do Sexo aponta diferenças
Ao mesmo tempo em que pessoas com vagina têm, biologicamente, mais zonas erógenas e genitália que responde aos estímulos mais facilmente depois do gozo - por isso têm orgasmos múltiplos com mais facilidade -, as mulheres cis - heterossexuais, especialmente, são as que menos gozam, com relação a homens cis.
Essa diferença entre orgasmo masculino e orgasmo feminino (GAP do orgasmo) foi um dos pontos apontados Censo do Sexo pantynova 2022, uma pesquisa que trouxe dados que mostram como o povo tem gozado e o que influencia no prazer, além de muitas outras questões sobre comportamento, hábitos e sexualidade.
Falamos sobre isso em outro artigo, que você pode ler clicando aqui.