GLS, LGBT, LGBTQIAPN+... qual o significado dessas siglas? - sex shop pantynova

GLS, LGBT, LGBTQIAPN+... qual o significado dessas siglas?

Representatividade é uma palavra super em alta durante o mês de junho, Mês do Orgulho LGBTQIAPN+. Ou seria Mês do Orgulho LGBT? 🤔 Peraí que a gente veio para ajudar com a receita dessa sopa de letrinhas e, principalmente, para mostrar como cada uma dessas letras é importante quando falamos de representatividade, aceitação e inclusão.

Cada letra da sigla LGBTQIAPN+ representa pessoas, histórias e identidades únicas que merecem reconhecimento. Ao longo dos anos, o movimento tem lutado para promover a inclusão de indivíduos com diversas orientações sexuais e identidades de gênero. 

Por isso, o que era GLS há algumas décadas passou a ser LGBT+, LGBTQ+... e assim, a sigla continua a se expandir, refletindo a busca constante por mais entendimento e respeito pelas diferentes identidades de gênero e orientações sexuais.

SEXO BIOLÓGICO, GÊNERO, ORIENTAÇÃO SEXUAL: É TUDO A MESMA COISA?

Não, bb, se fosse tudo igual, a gente não estaria falando sobre isso, né?! Mas, assim, não se cobre por confundir as coisas, o importante é querer aprender e, principalmente, nunca julgar as pessoas por sua identidade de gênero ou orientação sexual.

Aliás, antes de explicar o que significa cada um desses termos, vale lembrar que crimes motivados por LGBTfobia estão sujeitos às mesmas penas dos crimes raciais, que podem ser de reclusão de dois a cinco anos e multa.

Pra começo de conversa, vamos falar um pouco sobre gênero, esse conceito que surgiu para distinguir a dimensão biológica da social. Partindo dos sexos biológicos existentes na natureza (na espécie humana e qualquer outra espécie animal) – macho, fêmea e intersexo – e da necessidade de se reconhecer a ideia de homem x mulher como uma construção sociocultural.

Gênero se refere ao entendimento de que homens e mulheres são moldados pela realidade social e não só pela anatomia de seus corpos.

Pois muito que bem: identidade de gênero é a autoidentificação, ou seja, é a forma como cada pessoa se percebe e deseja ser reconhecida em relação ao seu gênero. A identidade de gênero pode ser igual ou não ao sexo biológico, atribuído segundo as características biológicas (genitália, cromossomos, hormônios etc.).

Quando sexo biológico e identidade de gênero “não batem”, ou seja, a pessoa não se reconhece no corpo em que nasceu, ela pode transicionar, e a palavra “transgênero” vem daí.

E isso não para por aí: como não somos computadores, que funcionam com sistemas binários, há outras nuances entre homem e mulher / macho / fêmea, masculino / feminino.

Algumas pessoas  nascem com genitálias e características secundárias que não se encaixam nos padrões biológicos de macho e fêmea, são os intersexuais (ou intersexo). Muitas dessas pessoas têm o sexo designado pelos médicos assim que nascem, e isso pode causar rejeição mais tarde. Mas esse é assunto para outro conteúdo.

Há, ainda, o conceito de expressão de gênero, que é o conjunto de características, aparência, comportamento e ações pelas quais expressamos nosso gênero.

Mas, ó, nada disso tem a ver com orientação sexual. A atração, seja ela física, intelectual, romântica, emocional ou sexual por outras pessoas, se dá independentemente da identidade de gênero nem das características biológicas.

Ah, e é orientação, não opção sexual, tá bem!? Não se trata de uma escolha, afinal, se fosse só escolher ou não, ninguém se meteria em roubadas sentimentais, né.

Tudo isso faz parte do conceito de sexualidade, um termo amplo, que engloba as construções sociais e culturais relacionadas aos prazeres corporais, abrangendo erotismo, desejo e afeto até noções de saúde e reprodução. 

Assim como a sigla referente às diferentes orientações sexuais e identidades de gêneros está sempre em expansão, a noção de sexualidade também muda e evolui de acordo com os contextos sociais e períodos históricos. E isso pode dar margem a diversas interpretações, contradições e até disputas políticas.

BEM-VINDE AO VALE! SAIBA O QUE SIGNIFICAM AS LETRAS DA SIGLA LGBTQIAPN+

Conhecer a pluralidade das orientações sexuais e identidades de gênero é o primeiro passo para se criar uma sociedade mais justa e igualitária, em que as “minorias” sejam vistas somente como pessoas e não mais como uma letra dentro de uma sigla.

L [lésbicas]: são mulheres que sentem atração por outras mulheres

G [gays]: são homens que sentem atração por outros homens

B [bissexuais]: são pessoas que sentem atração tanto por homens quanto por mulheres, igualmente

T [transgêneros, travestis e transexuais]: são pessoas cuja expressão ou identidade de gênero é diferente do seu sexo biológico 

Q [queer]: é um termo “guarda-chuva” que indica qualquer pessoa cuja sexualidade diverge dos padrões cis-hétero-normativos

I [intersexuais]: quem nasceu com características sexuais não binárias (masculinas ou femininas)

A [assexuais]: pessoas que não sentem (ou sentem pouca) atração sexual por outras pessoas

P [pansexuais]: quem sente atração por pessoas independentemente do gênero

N [pessoas não binárias]: pessoas que não se enquadram no binarismo homem / mulher 

+ : Foi inserido na sigla para mostrar que a diversidade de gênero e sexualidade é fluida e pode se transformar. Esse símbolo também engloba pessoas que acreditam na liberdade de viver sua orientação sexual e identidade de gênero de acordo com sua própria autopercepção, sem a necessidade de se colocar somente como uma ou outra coisa.

E ONDE FOI PARAR O “S”, DE “SIMPATIZANTES”?

Hoje, os “simpatizantes” são chamados de “aliados” (aliadas, aliades). São pessoas que heteronormativas que participam e se solidarizam com as causas LGBTQIAPN+ – não somente durante o “mês do orgulho”, e, sim, que se fazem presentes nas lutas diárias.

Os aliados podem ser pessoas, empresas, instituições públicas, pois é essencial criar espaços para que mais gente possa ampliar seu conhecimento sobre a diversidade da população LGBTQIAPN+, para quebrar paradigmas e tabus ainda tão fortes na nossa sociedade.